- 18/09/2012 |
- Antonio Rosa
- Adnews
Já imaginou ligar sua SmarTV e ver a tela repleta de aplicativos e não canais? Segundo o Ibope, 43% dos internautas assistem TV enquanto navegam na internet. Imagine que agora a própria TV é a internet. As vendas das chamadas SmarTVs já começaram. Ainda são tímidas, pois o estoque de aparelhos antigos, como os de LED com 40 polegadas, ainda é grande. Porém, o preço dos “velhos” modelos já caiu para menos de dois mil reais.
O próximo Natal será essencial para a mudança. O produto será o centro das atenções, já que engloba um avanço tecnológico em se tratando de hardware nunca visto. A tela plana, fina e um computador com configuração de última geração compõem o objeto de desejo. A TV, finalmente, será interativa. Enquanto vê a Avenida Brasil, por exemplo, você pode tuitar sobre a novela ou comentar algo no Facebook. Tudo no mesmo aparelho. Sem sair do sofá. Além disso, o controle remoto será opcional, pois o comando de voz será outro grande diferencial.
O mais curioso e complexo é que quando ligamos estas TVs elas não entram em nenhuma emissora, mas, assim como em um iPad, iPhone ou Tablets, elas abrem seus aplicativos. Neste contexto, a audiência começa a mudar de mão, pois haverá uma disputa enorme em estar na primeira tela.
Os próprios fabricantes de TV agora terão a mesma sensação das emissoras de TV. Irão negociar conteúdos exclusivos, relevantes e de impacto. Muito provavelmente isto fará uma erosão no padrão atual de audiência da TV Aberta, pois agora para alcançar a velha e boa televisão, será necessário entrar em um aplicativo chamado “TV Aberta” para depois escolher o canal.
Haverá também falta de conteúdo para se disponibilizar nestes Apps e enfim os “garotos e garotas” agora poderão abrir suas produtoras e fazer bons roteiros de vídeo, que antes estavam apenas no domínio da “velha” mídia.
Imaginem quantos novos programas veremos? Será como abrir infinitos Youtubes. Tenho quase certeza de que até uma “Emissora Apps”, com conteúdo de marketing e propaganda, será viabilizada. Por que não?
Até o velho instituto de pesquisas Ibope está entrando no jogo. Pela primeira vez analisou a relação entre TV e Internet. Segundo a pesquisa Social TV, entre os consumidores simultâneos, 70% navegam influenciados pela televisão e 80% mudam de canal ou assistem a determinados programas motivados pela Internet.
Pense agora na propaganda. Acha mesmo que com as SmarTVs teremos comerciais de 30” nos intervalos? Se hoje já não suportamos os chamados “First Watch”, aqueles vídeos chatinhos que abrem antes de assistirmos algo de algum portal na web.
E ainda tem gente contando aquela velha lorota de que nada vai mudar e que as mídias todas irão conviver pacíficas e amigáveis. “Ninguém morrerá” é o mantra mais falado por eles.
De fato, está começando o "desempacotamento" dos negócios da televisão, o último meio a ser impactado pela internet. Aquilo que aconteceu com a indústria fonográfica e fotográfica agora será sentido na TV. Assim como já está acontecendo com os jornais, revistas e rádio.
Quando escrevi o livro “Atração Global” em 1998 dediquei um capítulo ao tema. O título se chama "Navegando pela TV". Nele afirmei: “Enfim, como podemos perceber, será muito difícil mesmo definir o computador da TV e a TV do computador. Eles estão se fundindo, unindo funções de ambos. A conclusão desta história toda é que a televisão está se tornando um computador. Daqui a pouco, a televisão tradicional sumirá do nosso dia-a-dia”.
Em 2016, ou seja, daqui a apenas quatro anos, o governo retoma os sinais da TV Aberta no Brasil, o chamado VHF, canais 2 a 13. Isto liquida de vez com a antiga e analógica TV. Evidente que o prazo será estendido, mas note, de 2020 não passará. Portanto faltam apenas oito anos para sentirmos a maior revolução já vivida na mídia e na propaganda.
Ah! Não se espante se, por acaso, deparar-se em breve com um Apps da Rede Globo, SBT, Band, etc. Você não estará sonhando, foram eles que acordaram.
O próximo Natal será essencial para a mudança. O produto será o centro das atenções, já que engloba um avanço tecnológico em se tratando de hardware nunca visto. A tela plana, fina e um computador com configuração de última geração compõem o objeto de desejo. A TV, finalmente, será interativa. Enquanto vê a Avenida Brasil, por exemplo, você pode tuitar sobre a novela ou comentar algo no Facebook. Tudo no mesmo aparelho. Sem sair do sofá. Além disso, o controle remoto será opcional, pois o comando de voz será outro grande diferencial.
O mais curioso e complexo é que quando ligamos estas TVs elas não entram em nenhuma emissora, mas, assim como em um iPad, iPhone ou Tablets, elas abrem seus aplicativos. Neste contexto, a audiência começa a mudar de mão, pois haverá uma disputa enorme em estar na primeira tela.
Os próprios fabricantes de TV agora terão a mesma sensação das emissoras de TV. Irão negociar conteúdos exclusivos, relevantes e de impacto. Muito provavelmente isto fará uma erosão no padrão atual de audiência da TV Aberta, pois agora para alcançar a velha e boa televisão, será necessário entrar em um aplicativo chamado “TV Aberta” para depois escolher o canal.
Haverá também falta de conteúdo para se disponibilizar nestes Apps e enfim os “garotos e garotas” agora poderão abrir suas produtoras e fazer bons roteiros de vídeo, que antes estavam apenas no domínio da “velha” mídia.
Imaginem quantos novos programas veremos? Será como abrir infinitos Youtubes. Tenho quase certeza de que até uma “Emissora Apps”, com conteúdo de marketing e propaganda, será viabilizada. Por que não?
Até o velho instituto de pesquisas Ibope está entrando no jogo. Pela primeira vez analisou a relação entre TV e Internet. Segundo a pesquisa Social TV, entre os consumidores simultâneos, 70% navegam influenciados pela televisão e 80% mudam de canal ou assistem a determinados programas motivados pela Internet.
Pense agora na propaganda. Acha mesmo que com as SmarTVs teremos comerciais de 30” nos intervalos? Se hoje já não suportamos os chamados “First Watch”, aqueles vídeos chatinhos que abrem antes de assistirmos algo de algum portal na web.
E ainda tem gente contando aquela velha lorota de que nada vai mudar e que as mídias todas irão conviver pacíficas e amigáveis. “Ninguém morrerá” é o mantra mais falado por eles.
De fato, está começando o "desempacotamento" dos negócios da televisão, o último meio a ser impactado pela internet. Aquilo que aconteceu com a indústria fonográfica e fotográfica agora será sentido na TV. Assim como já está acontecendo com os jornais, revistas e rádio.
Quando escrevi o livro “Atração Global” em 1998 dediquei um capítulo ao tema. O título se chama "Navegando pela TV". Nele afirmei: “Enfim, como podemos perceber, será muito difícil mesmo definir o computador da TV e a TV do computador. Eles estão se fundindo, unindo funções de ambos. A conclusão desta história toda é que a televisão está se tornando um computador. Daqui a pouco, a televisão tradicional sumirá do nosso dia-a-dia”.
Em 2016, ou seja, daqui a apenas quatro anos, o governo retoma os sinais da TV Aberta no Brasil, o chamado VHF, canais 2 a 13. Isto liquida de vez com a antiga e analógica TV. Evidente que o prazo será estendido, mas note, de 2020 não passará. Portanto faltam apenas oito anos para sentirmos a maior revolução já vivida na mídia e na propaganda.
Ah! Não se espante se, por acaso, deparar-se em breve com um Apps da Rede Globo, SBT, Band, etc. Você não estará sonhando, foram eles que acordaram.
Antonio Rosa
Presidente da Dainet e Conselheiro Editorial do Adnews
Presidente da Dainet e Conselheiro Editorial do Adnews
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