Nosso blog publica o relato de Cacau Amaral feito durante a cerimônia de premiação do Festival de Paulínia, onde o filme 5X Favela- agora por nós mesmos, arrebatou 07 prêmios.
Salve ao cinema
Estamos há alguns minutos da cerimônia de encerramento do III Festival de Paulínia. Deu um tremendo frio na barriga. Senti isso pela primeira vez na Mostra do Filme Livre, no Rio, em 2005, onde recebi o prêmio de melhor curta por “1 Ano e 1 Dia”, meu primeiro curta. De lá pra cá foram 51 festivais e ainda não consigo acostumar.
Agora começou a premiação em Paulínia. Ganhamos o prêmio de melhor filme segundo o júri popular. Estou com minha filmadora ligada. Não sei se desligo, se a levo pro palco, se entrego à mina da produção. Discursos inflamados, sorrisos. Toda equipe em cima do palco. O teatro é enorme, está lotado. 1000 pessoas? Não sei. Minha perna treme. Fotos. Fotos. Nos sentamos e segue a premiação. Receber o prêmio do júri popular é o maior pagamento que poderia receber. Não me canso em repetir que não fazemos filmes pra ganhar prêmios, fazemos pro público. Se o próprio público nos premia… Não tem preço.
Mais um prêmio. Desta vez melhor trilha sonora. Mal nos sentávamos e os mestres de cerimônia anunciavam outro prêmio; melhor montagem; melhor atriz coadjuvante, Dila Guerra subiu ao palco pra receber. Melhor ator coadjuvante. Gritei para Dila “Nem volta. Já pega o do Márcio Vito”. Depois foi a vez de Rafael Dragaud subir ao palco. Melhor roteiro.
Nossos parceiros não ficavam pra trás. Vira-e-mexe Bróder subia ao palco pra receber um, dois, três prêmios. Esse filme pra mim é como se fosse o próprio 5x favela. Jeferson D é um dos caras que mais admiro no cinema brasileiro. Fora isso ainda tem dois atores que fazem ambos os filmes, a Cíntia Rosa e Sílvio Guindane. Este último me deu um monte de alegria no fim de semana ao declarar em público que Arroz com feijão parece inofensivo, mas é uma critica social dura.
Pra fechar, o prêmio maior da noite: Melhor filme segundo o júri oficial. Recebemos sete prêmios no total. Com mais quatro do Broder são onze vezes periferia.
Na festa após a cerimônia, após todos irem embora; eu, Felha e Jeferson brindamos e filosofamos sobre passado, presente e futuro do cinema brasileiro. Concordamos que vivemos um momento ímpar. Nossa geração encerra a primeira década do século XXI, desta vez por trás das câmeras. Como seria daqui a outra década? Existe um movimento iniciado por um monte de vidaloka. Cacá Diegues comprou essa briga há um tempo. Paulínia comprou a mesma briga hoje. Desejo um brinde a todos que botam a cara e quebram paradigmas. Um salve ao cinema!
Agora começou a premiação em Paulínia. Ganhamos o prêmio de melhor filme segundo o júri popular. Estou com minha filmadora ligada. Não sei se desligo, se a levo pro palco, se entrego à mina da produção. Discursos inflamados, sorrisos. Toda equipe em cima do palco. O teatro é enorme, está lotado. 1000 pessoas? Não sei. Minha perna treme. Fotos. Fotos. Nos sentamos e segue a premiação. Receber o prêmio do júri popular é o maior pagamento que poderia receber. Não me canso em repetir que não fazemos filmes pra ganhar prêmios, fazemos pro público. Se o próprio público nos premia… Não tem preço.
Mais um prêmio. Desta vez melhor trilha sonora. Mal nos sentávamos e os mestres de cerimônia anunciavam outro prêmio; melhor montagem; melhor atriz coadjuvante, Dila Guerra subiu ao palco pra receber. Melhor ator coadjuvante. Gritei para Dila “Nem volta. Já pega o do Márcio Vito”. Depois foi a vez de Rafael Dragaud subir ao palco. Melhor roteiro.
Nossos parceiros não ficavam pra trás. Vira-e-mexe Bróder subia ao palco pra receber um, dois, três prêmios. Esse filme pra mim é como se fosse o próprio 5x favela. Jeferson D é um dos caras que mais admiro no cinema brasileiro. Fora isso ainda tem dois atores que fazem ambos os filmes, a Cíntia Rosa e Sílvio Guindane. Este último me deu um monte de alegria no fim de semana ao declarar em público que Arroz com feijão parece inofensivo, mas é uma critica social dura.
Pra fechar, o prêmio maior da noite: Melhor filme segundo o júri oficial. Recebemos sete prêmios no total. Com mais quatro do Broder são onze vezes periferia.
Na festa após a cerimônia, após todos irem embora; eu, Felha e Jeferson brindamos e filosofamos sobre passado, presente e futuro do cinema brasileiro. Concordamos que vivemos um momento ímpar. Nossa geração encerra a primeira década do século XXI, desta vez por trás das câmeras. Como seria daqui a outra década? Existe um movimento iniciado por um monte de vidaloka. Cacá Diegues comprou essa briga há um tempo. Paulínia comprou a mesma briga hoje. Desejo um brinde a todos que botam a cara e quebram paradigmas. Um salve ao cinema!
http://blogdocacauamaral.blogspot.com/
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