- 23/02/2012 |
- Mauricio Moraes
- INFO Online
O Google não se contenta em ser um buscador. A empresa
quer descobrir tudo sobre você, seus hábitos de consumo e o modo como
usa a internet. Custe o que custar.
Na semana passada, a companhia criada por Larry Page e Sergey Brin
foi flagrada monitorando usuários de iPhone. Por meio de uma gambiarra,
instalava um cookie nos smartphones para espionar o que seus donos
andavam vendo na web. Nesta semana, a Microsoft afirmou que o Google
também dava um jeitinho de burlar as configurações de privacidade do
Internet Explorer. Mais uma vez, o objetivo era coletar um grande volume
de dados sobre quem usa o programa.
O Google se defendeu nos dois casos, alegando que só desejava
melhorar a experiência dos internautas e dizendo que as ações
contornavam problemas que limitavam o uso de seus serviços. Faltou
informar, contudo, que o principal objetivo era saber o máximo sobre
você para poder vender publicidade direcionada. A empresa sobrevive com
os cliques no Adwords. Por isso, mantê-los funcionando com precisão é
vital para que os cofres continuem cheios e os acionistas, satisfeitos.
Vale até mesmo cuidar disso em segredo.
Se não estivesse fazendo nada errado, o Google não teria interrompido
o uso da gambiarra no Safari. No caso do IE, que é mais do que
apedrejado por todo mundo, a resposta foi um chega pra lá na Microsoft,
com o argumento de que centenas de sites fazem a mesma coisa e que o
browser está ultrapassado. Parar de coletar informações, no entanto, não
parece estar nos planos do gigante de buscas. Imagine quantos dados
seriam perdidos se parasse o monitoramento do Internet Explorer, que
ainda é o navegador mais usado no mundo. Será que continua valendo o
lema “Don’t be evil”?
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