Fonte: www.oglobo.com.br
PF flagra grande quantidade de óleo nos arredores da Reduc
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RIO - Vinte dias depois de ser multada pelo governo estadual em R$ 3,3 milhões por poluição, a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) terá que explicar a origem de grande quantidade de óleo flagrada ontem pela Polícia Federal e por fiscais do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), nas imediações de uma tubulação da usina. O GLOBO acompanhou a inspeção, na tarde de ontem. Fiscais do Inea coletaram amostras de três pontos do Rio Iguaçu, no entorno na refinaria. Os resultados saem em uma semana. O Iguaçu desemboca na Baía de Guanabara.LEIA MAISRio registra incêndios em novo dia de baixa umidade do ar e recorde de calor no inverno
As borras de óleo estavam concentradas dentro dos limites de uma boia mantida pela Petrobras. O chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente e o Patrimônio Histórico (Delemaph), Fábio Scliar, disse que vai aguardar o resultado da análise da água para tomar as providências.
- Se ficar comprovado que há metais pesados e óleo, abrirei inquérito. Flagramos uma situação degradante na Baía de Guanabara. Este não será um caso isolado, outras ações vão acontecer - avisou Scliar.
Coordenador do projeto Olho Verde, o biólogo Mário Moscatelli também participou da ação e chegou a encher uma garrafa plástica com o material, concentrado a cerca de dez metros de uma tubulação da refinaria. O Inea irá aferir se, no conteúdo coletado, há detergente, metais pesados e fenóis - compostos resistentes que podem causar danos à vida aquática. Pela manhã, Scliar e Moscatelli fizeram um sobrevoo e constataram despejos de esgoto na baía.
- O Rio Iguaçu virou um valão de esgoto. Mas uma empresa do porte da Reduc não pode cometer um crime ambiental ininterruptamente. As denúncias são antigas - criticou Moscatelli.
Segundo a assessoria de imprensa da Reduc, não há nenhum vazamento de óleo na refinaria e inspeções, com coleta de amostras de água de rios da região, são feitas periodicamente, sem qualquer relação com possíveis danos ambientais.
O secretário estadual do Ambiente Carlos Minc disse que espera assinar, em dez dias, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a empresa. Pelo acordo, a refinaria se compromete a investir R$ 1,1 bilhão em dois anos. O aporte financeiro, diz Minc, vai dotar a planta, que tem 50 anos, de modernas tecnologias para evitar novos danos ambientais.
- Os últimos detalhes foram resolvidos e o TAC será assinado. A auditoria ambiental detectou uma série de problemas decorrentes do desgaste natural da unidade. Não basta dar multa, é necessário modernizar toda a estrutura para evitar despejo de dióxido de enxofre na atmosfera e de óleo na Baía - afirmou o secretário. - Multar é colocar esparadrapo na ferida. O TAC vai na causa do problema. Com o cumprimento do termo, a refinaria deve ter a licença de operação renovada.
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Foto : Custódio Coimbra
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