Os negros são a maior parcela da população brasileira: de acordo com dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios), pretos e pardos são quase 53% dos brasileiros. Apesar disso, ainda são muitos os desafios enfrentados pelos afrodescendentes no dia a dia: salários menores, menos oportunidades de estudo e trabalho, violação de direitos básicos entre outros. Diante deste quadro complexo, o Sesc Rio de Janeiro elaborou uma programação especial que discute questões contemporâneas do negro no Brasil e celebrar o legado e a presença afrodescendente na cultura nacional com o projeto “ÍMÓ: o despertar da consciência”, que reúne artistas e estudiosos em debates e apresentações culturais ao longo do mês de novembro.
Entre os destaques do “ÍMÓ” na Baixada Fluminense, está a exposição "30 anos de Ojuobá Axé – uma história de resistência", no Sesc Duque de Caxias. A mostra conta a trajetória de 30 anos do grupo afro-cultural Ojuobá Axé, por meio de instalações artísticas e audiovisuais inéditas, produzidas especialmente para esta exposição, junto ao acervo pessoal dos integrantes e ao da instituição. A unidade também tem peças de teatro, espetáculos de dança e debates ao longo de novembro.
Em toda essa pluralidade de linguagens, o projeto “ÍMÓ – o despertar da consciência” reflete o pensamento institucional do Sesc sobre o tema Consciência Negra e joga luz às discussões que afligem a sociedade, em especial no Estado do Rio de Janeiro, um dos estados que recebeu parte significativa de negros escravizados.
Para saber mais sobre o projeto “ÍMÓ – o despertar da consciência” e a programação completa do Mês da Consciência Negra, que inclui atividades em todo o estado, acesse www.sescrio.org.br.
Serviço:
ÍMÓ: O Despertar da Consciência
7 a 30 de novembro de 2015
Sesc Duque de Caxias: Rua General Argolo, 47, Jardim 25 de Agosto. Tel.: 3659-8412
Até 30/11, 8h às 17h: Exposição “30 Anos de Ojuobá Axé – Uma História de Resistência” - Trajetória de 30 anos do grupo afro cultural Ojuobá Axé, por meio de instalações artísticas e audiovisuais inéditas, produzidas especialmente para esta exposição, junto ao acervo pessoal dos integrantes e ao da instituição. Grátis. Livre.
10 e 24/11, 14h: Espetáculo “Personagens africanos a afro-brasileiros de Duque de Caxias e Magé” - Abordagem, de forma lúdica e informativa, das histórias dos seguintes personagens históricos da região: Adriano Luanda, Joaquim Mina e Januário Africano, Joãozinho da Goméia e Solano Trindade. 14h às 15h. Grátis. Livre.
16/11, 15h: Espetáculo “ORÍ - o olho por onde eu vejo Deus é o mesmo olho por onde ele me vê” - Montagem inspirada nos itans da mitologia dos Orixás, se apoiando na figura do Yawô (filho de santo do Candomblé já iniciado), para falar dos processos de encontro com o Orixá, estabelecendo relações entre corpo, espaço e tempo, apresentando as simbologias mais marcantes de rituais. Grátis. Livre.
17 a 19/11, 11h: Debate “Que rei é esse que veio da Goméia?” - Resgate histórico e homenagem a João Alves de Torres Filho, o babalorixá Joãozinho da Goméia, precursor do candomblé no estado do Rio de Janeiro teve uma contribuição relevante para a consolidação do candomblé como uma religião nacional. Grátis. Livre.
17 a 19/11, a partir das 11h: Oficinas - Bijuterias, tranças e turbantes; Capoeira e Mostra de culinária africana, contando a história dos alimentos trazidos pelo povo africano para o Brasil e sua influência na nossa alimentação. A história por trás desses alimentos e seus benefícios nutricionais. Grátis. Livre.
20/11, 18h: show “Iyún asé orin - coral de cânticos sagrados” - Apresentação de uma das manifestações mais significativas e fascinantes da cultura negra no Brasil: os Cânticos Sagrados Africanos. Cânticos milenares que já atingiram sua essência, conjugando simplicidade e beleza, harmonizados seguindo tradições corais africanas e apresentados mantendo suas melodias e letras originais em yorubá. Grátis. Livre.
21/11, 13h30: “Quando o jongo encontra o samba” - Entremeado por falas sobre a história da cultura negra, abordando a influencia africana na música brasileira, a apresentação promove o encontro cultural dos ritmos e costumes ancestrais do Samba tais como: o semba, o lundu, o maxixe e o jongo, todos ritmos de ascendência africana que traduzem a história de vida de um povo. Grátis. Livre.
27/11, 15h: Espetáculo de teatro “O cheiro da feijoada” - Enquanto lava roupas, uma preta velha lavadeira relembra uma feijoada feita no tempo da escravidão, trazendo à tona fatos da história do Brasil e da formação do povo brasileiro. Iléa Ferraz dirige e interpreta sete personagens neste monólogo de Thomas Bakk, com Pedro Lima executando ao vivo a trilha sonora. R$ 2 (assoc. Sesc), R$ 4 (meia-entrada), R$ 8. 14 anos.
27 e 29/11, 14h: apresentação da banda Afro Cultural Ojuobá Axé - Apresentação valorizando e promovendo a cultura negra. Grátis. Livre.
28/11, 15h: peça “Kwagalana - histórias de um príncipe negro” - Apontado pelo adivinho Ifá como o futuro rei de seu povo, Kwagalana é raptado e vendido como escravo para trabalhar nas minas brasileiras. O menino traz consigo as histórias de sua terra, a África, e luta para concretizar a previsão do oráculo. Da Amadores S/A Trupe Teatral. 15h às 16h30. R$ 2 (assoc. Sesc), R$ 4 (meia-entrada), R$ 8. Livre.
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