Hoje estive no Aterro Sanitário de Jardim Gramacho, talvez na sua última rampa, nome que é dado pelos catadores o local onde os caminhões despejam o lixo. O bairro está passando por um processo de transformação e ebulição, a partir de domingo, não haverá mais rampa, nem caminhões, nem catadores, nem urubus e sim muitas incertezas e o sonho de uma nova realidade para os moradores do bairro e as pessoas que viviam da economia do lixo.
O local de 1,5 milhão de metros quadrados, vai passar por um processo de transformação, a meta da Novo Gramacho empresa que administra o local é de transformar a área, as margens da Baia da Guanabara, em um grande parque ecológico, existem opiniões que o local se recuperará em cem anos, a empresa garante que em quinze, enfim, só o tempo irá dizer, se esse pedaço dessa bela terra , que foi tirado da cidade de Duque de Caxias será nos devolvido para que possamos apreciar a natureza.
Os catadores, buscam alternativas para suas vidas, cada um deles vai receber uma indenização de R$ 14 mil reais, alguns pensam em montar um negócio, mas muitos não tem a mínima ideia do que será a vida daqui pra frente fora do seu habitat. A Faetec vai inaugurar neste sábado um canteiro escola para formar 1.300 pessoas em cursos ligados a construção civil, algumas empresas já se interessaram em absorver parte dessa mão de obra.
Uma grande dúvida ainda paira, onde a Prefeitura de Duque de Caxias vai despejar o lixo coletado na cidade? A prefeitura ainda não tem uma solução para o problema, pois agora terá que pagar pelo lixo despejado. Espero que não seja jogado, em terrenos distantes de nossos olhos.
O Aterro se vai, as incertezas ficam, mas restam a esperança de um futuro melhor.
Fotos: André de Oliveira
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