sexta-feira, 25 de março de 2011

Exposição Joãozinho da Goméia é sucesso na Câmara de Vereadores de Duque de Caxias

Em homenagem ao Dia Municipal da Cultura (20 de março), o Instituto Histórico da Câmara Municipal de Duque de Caxias abriu hoje (24/3), para o público, a exposição Joãozinho da Goméia: o cotidiano e o sagrado em Duque de Caxias. A Mostra expõe objetos, roupas e imagens sobre a vida e a religiosidade de Joãozinho da Goméia, o pai de santo mais conhecido do país, além de retratar o cotidiano de Duque de Caxias dos anos 1940 a 1970. A exposição ficará aberta ao público até o dia 08 de abril e o Instituto Histórico funciona de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas. Entrada gratuita.

“A mostra que preparamos fala um pouco da nossa história e cultura no município e no Brasil. Nossa principal preocupação aqui, no Instituto Histórico é conseguir integrar as comunidades e destacar temas importantes para a história e cultura da nossa cidade. Como esse é o mês de nascimento e morte de Joãozinho da Goméia e, também, em comemoração ao Dia Municipal da Cultura e ao nascimento de Francisco Barbosa Leite, que pintou o retrato em óleo de Joãozinho da Goméia, nós estamos realizando esta exposição”, comentou a diretora do Instituto Histórico, Tânia Amaro.

O presidente da Câmara, Dalmar Lírio Mazinho, ressaltou que o Instituto Histórico possui o maior acervo da Baixada Fluminense. “As pessoas costumam dizer que investir em cultura é gasto e não investimento. A cultura é muito importante para a nação. Se não conhecermos o passado, não teremos um futuro grandioso. Joãozinho foi uma figura muito importante para a cidade de Duque de Caxias e o seu terreiro deveria ser transformado em um Centro Cultural das Diversidades”, destacou Mazinho.

Presentes no evento estavam Mãe Kitala Mungongo e Reizinho Alvarenga, os dois ajudaram na organização do evento. Reizinho, que há mais de 9 anos estuda Joãozinho da Goméia reiterou: “Nos anos 40 e 50, Joãozinho foi um negro, macumbeiro e homossexual, como é citado em diversas publicações da época, que teve a ousadia de vir para a região tentar a sorte. Seu terreiro foi o primeiro axé de Camdomblé da região sudeste. As pessoas precisam conhecer mais de história. Ano passado a prefeitura cortou árvores sagradas no local, plantadas pelo próprio Joãozinho do Goméia. Intolerância religiosa? Não. Ignorância cultural”, disparou Reizinho.

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