Documentário sobre Solano Trindade vai ter estreia no Teatro Raul Cortez, em Caxias
■ O documentário “O Vento Forte do Levante” abordando a vida do poeta, folclorista, pintor, ator, teatrólogo, cineasta e militante Solano Trindade, será exibido no Teatro Municipal Raul Cortez no próximo dia 27, às 19h, com entrada franca. A obra é independente e foi dirigida por Rodrigo Dutra. A estréia, uma iniciativa do Cineclube Mate com Angu, tem parceria com a Secretaria de Cultura e Turismo de Duque de Caxias, cidade onde o poeta viveu durante alguns anos. No mesmo dia, também será lançado “Expera”, de Guilherme Zani. Solano faleceu em 19 de fevereiro de 1974, aos 65 anos.
Nascido em Pernambuco, Francisco Solano Trindade, fundador do Centro de Cultura Afro-brasileiro e que chegou a ser preso em 1944 e teve o livro “Poemas de uma Vida Simples” apreendido, também viveu outros momentos difíceis, como a perda de um de seus quatro filhos, morto em uma prisão, em 1964. Viveu em Duque de Caxias entre as dedadas de 40 e 50. Na cidade, sentiu na pele as dificuldades da classe proletária. Para chegar ao Centro do Rio, ele utilizava o Trem da Leopoldina, que imortalizou em seu poema “Tem gente com fome”, que ganhou música de João Ricardo, gravada por Ney Matogrosso, em 1979. Uma biblioteca comunitária, localizada no bairro Cangulo, em Duque de Caxias, leva o seu nome, assim como acontece com escolas, movimentos sociais e ruas brasileiras. Mas, apesar de toda sua trajetória e homenagens, ainda é pouco lembrado.
“O Vento Forte do Levante”, que tem co-produção do Centro de Referência Patrimonial e Histórico de Duque de Caxias-CRPH e da Biblioteca Comunitária Solano Trindade, conta com apoio do Arquivo Nacional e do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro. Tem como locações diversos lugares na cidade de Embu das Artes (São Paulo), no município do Rio de Janeiro e em Duque de Caxias, em especial a igreja Nossa Senhora do Pilar. O documentário é resultado de um trabalho de três anos do cineasta, historiador e poeta Rodrigo Dutra e sua equipe. “Foram três anos entrevistando, pesquisando e buscando parcerias. Muitas vezes achei que esse filme não ia sair, mas agora que está pronto fico com a sensação de página virada. Que venha o próximo!”, comemora Rodrigo.
O filme conta com a participação especial do bisneto de Solano, Zinho Trindade, que brinda o telespectador com intervenções poéticas. “Solano deixou plantada belas sementes. Na família Trindade todo mundo é artista. Em especial, me encantei por Raquel Trindade (filha do poeta), que me cedeu muitas fotografias e um local para ficar durante a produção. Os demais familiares também me ajudaram muito nessa busca de tentar entender o universo boêmio-político-poético do “Poeta do povo’”, conta Dutra. Para os mais ansiosos, Rodrigo adianta que a obra é bastante crítica quanto ao período histórico em que o poeta viveu, suas prisões, sua arte e sua relação familiar.
(Texto de Josué Cardoso, foto Divulgação)
Nascido em Pernambuco, Francisco Solano Trindade, fundador do Centro de Cultura Afro-brasileiro e que chegou a ser preso em 1944 e teve o livro “Poemas de uma Vida Simples” apreendido, também viveu outros momentos difíceis, como a perda de um de seus quatro filhos, morto em uma prisão, em 1964. Viveu em Duque de Caxias entre as dedadas de 40 e 50. Na cidade, sentiu na pele as dificuldades da classe proletária. Para chegar ao Centro do Rio, ele utilizava o Trem da Leopoldina, que imortalizou em seu poema “Tem gente com fome”, que ganhou música de João Ricardo, gravada por Ney Matogrosso, em 1979. Uma biblioteca comunitária, localizada no bairro Cangulo, em Duque de Caxias, leva o seu nome, assim como acontece com escolas, movimentos sociais e ruas brasileiras. Mas, apesar de toda sua trajetória e homenagens, ainda é pouco lembrado.
“O Vento Forte do Levante”, que tem co-produção do Centro de Referência Patrimonial e Histórico de Duque de Caxias-CRPH e da Biblioteca Comunitária Solano Trindade, conta com apoio do Arquivo Nacional e do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro. Tem como locações diversos lugares na cidade de Embu das Artes (São Paulo), no município do Rio de Janeiro e em Duque de Caxias, em especial a igreja Nossa Senhora do Pilar. O documentário é resultado de um trabalho de três anos do cineasta, historiador e poeta Rodrigo Dutra e sua equipe. “Foram três anos entrevistando, pesquisando e buscando parcerias. Muitas vezes achei que esse filme não ia sair, mas agora que está pronto fico com a sensação de página virada. Que venha o próximo!”, comemora Rodrigo.
O filme conta com a participação especial do bisneto de Solano, Zinho Trindade, que brinda o telespectador com intervenções poéticas. “Solano deixou plantada belas sementes. Na família Trindade todo mundo é artista. Em especial, me encantei por Raquel Trindade (filha do poeta), que me cedeu muitas fotografias e um local para ficar durante a produção. Os demais familiares também me ajudaram muito nessa busca de tentar entender o universo boêmio-político-poético do “Poeta do povo’”, conta Dutra. Para os mais ansiosos, Rodrigo adianta que a obra é bastante crítica quanto ao período histórico em que o poeta viveu, suas prisões, sua arte e sua relação familiar.
(Texto de Josué Cardoso, foto Divulgação)
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