quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Parceiro do RJ desbrava cultura e história de Duque de Caxias



Em um sítio arqueológico, foram encontrados fósseis humanos de 4 mil anos.
Museu Vivo funciona em uma antiga fazenda colonial.

Do G1 RJ
Segundo uma pesquisa realizada com 426 alunos de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, 98% deles disseram que tinham vontade de conhecer mais sobre o patrimônio histórico e cultural da cidade. A dupla de Parceiros do RJ Felype Bastos e Flávia Freitas foram conhecer o Museu Vivo, no bairro São Bento, para conhecer um pouco mais da história de Duque de Caxias.
A cidade nasceu no atual bairro de São Bento, onde ficava a Fazenda Iguaçu, a mais antiga da região. É onde também fica o Museu Vivo, também conhecido como Museu de Percurso.
“O museu tem sambaquis e muito patrimônio colonial nacional. Verificando as edificações, é possível ver os vestígios que os homens deixaram através dos tempos”, explica Marluce Santos de Souza, coordenadora do museu. “No museu está a edificação mais antiga da colonização portuguesa na Baixada Fluminense: o casarão da Fazenda Iguaçu. Talvez seja a única edificação de fazenda do período colonial de pé na Baixada Fluminense”, acrescenta ela, destacando também a Capela de Nossa Senhora do Rosário dos Homens de Cor.
De acordo com Marluce, outra edificação relevante é a tulha principal da Fazenda São Bento, que é uma antiga área de armazenamento de carvão. “Depois, foi um lugar onde eram recebidos os doentes com malária”, conta ela. “Outra edificação histórica é o local que já foi o armazém do núcleo colonial. Depois, foi transformada em escola para os filhos dos colonos e, atualmente, é a sede do museu”, complementa.
Fósseis humanos de 4 mil anos
O acúmulo de conchas, que serviam de alimento para a população que viveu na região, formaram verdadeiras encostas, chamadas sambaquis, que é o nome tupi dados às conchas. Dois dos duquecaxienses mais antigos encontrados nos sambaquis de São Bento têm, aproximadamente, 4 mil anos de idade. Os esqueletos foram encontrados há cerca de dez anos. Estão em uma área de ocupação desordenada e o cuidado com a preservação é bem precário. “Uma vez eu achei a cabeça de um ser humano, mas joguei fora, pois não sabia o que era”, conta Ednilton dos Santos, vigia dos sambaquis.
A descobridora dos sambaquis é a arqueóloga Marcele Mandarino, do Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB), que fica em Belford Roxo, também na Baixada Fluminense. “Passando pela rua, aquele acúmulo de conchas me chamou a atenção. Na semana seguinte, eu levei uma professora àquele local, e ela verificou que realmente se tratava de um sambaqui”, recorda Marcele. “A importância do sambaqui é o fato de ele ajudar a construir a própria identidade da comunidade local”, conclui.
Projeto Parceiro do RJ
Dezesseis jovens foram selecionados para formar o Projeto Parceiro do RJ. O grupo foi dividido em oito duplas, que vão representar e mostrar o cotidiano de oito regiões do Rio e Grande Rio. Em comum, seus integrantes querem registrar não só as mazelas, mas as coisas boas dos bairros onde moram.
Mais de 2.200 pessoas se inscreveram no projeto. Destes, os escolhidos vão revelar o cotidiano de Copacabana, Tijuca, Campo Grande, Complexo do Alemão, Cidade de Deus, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e São Gonçalo.

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